Um beijo eu te pedi,
Dez vezes te pediria,
Mas da primeira que me negastes,
Fizeste com tamanha mesquinharia.
Não sei o que se sente,
Quando você me fita em silêncio,
Ardendo fica meu peito,
Na eternidade daquele momento.
Me tens como em um cárcere,
Submete-me as tuas provocações,
Mas é os meus braços que buscas
Na fuga das suas depressões.
O teu choro tantas vezes me deteve,
Quando não me renderia mais a você,
Cedi pelo zelo que tinha,
E tudo só aumentou o meu sofrer.
Não se privilegia do afeto apaixonado,
Se indisposta põe-se determinada
A resistir o pobre persistente,
Em querer-te sentir amada.
Mas tantas vezes você me sujeitou,
E eu sem forças para relutar,
Entregue e submisso me encurvava,
A paixão que eu não conseguia negar.
Só que hoje me sinto tão só,
Pois sei que não tens necessidades de mim,
Já que tuas contas vão bem
E nem o teu estado de espírito é ruim.
Mas quem pelo sentimento é vencido,
Corre o risco de se tornar amargo,
Ao invés de sentir-se amado,
Investe-se em escravo.
Contudo ainda há esperança,
E um dia me livre plenamente desse diapasão.
Que horas me leva ao céu,
E meses comprimem-me ao chão.
Hoje temo dizer sem toscanejar,
Que meu coração é maduro e independente.
Só sei que sigo procrastinando,
E me recalco inconseqüente.
Só me resta uma dúvida ao ermo,
Será que largo de vez esse ônus maquiavélico?
Ou sigo na busca daquele sonho por mim,
De conquistar o suplicado segundo beijo.
BrunoMaximos 21.08.08
2 comentários:
[b]Amei! Tua inspiração é proveniente de um fato verídico? rsrs..brincadeira...
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